quarta-feira, janeiro 06, 2010

Outro post...

Bem… Chega hoje outro “post” e, como venho a defender, apenas outro dia igual a tantos outros semelhantes a este, onde as pessoas querem e forçam a oferecer-se algo especial. Porquê? Não é essa a questão, penso eu, aliás eu defenderia “porque não?” como a questão possível.

Este “post”… Este “post”… Não pensei sobre ele durante todo este mês (*1), talvez a minha vida esteja a entrar na perfeição onde os sonhos envolvem a realidade dramática, onde eu não quero ver nada de errado nesta mesma realidade. Ou talvez eu estivesse muito ocupado, muito cansado, muito desapontado ao longo de todo o mês sem tempo para perder com este blog. Quem sabe? Eu não, isso é certo.

Tudo isto para tentar dizer que hoje eu não tenho uma razão. Um objectivo. Algo por detrás do “acto” que me faz “actuar”. Toda a gente o tem quando “actua”. “Actuar” é vida e a vida é um “acto”. Entre nós que com a melhor das sortes ou, quem sabe, o pior dos azares, podemos produzir inteligência “superior”, penso que a maioria iria dizer que é um dom, mas nesta vida de acto eu diria que é o pior dos azares onde temos de fingir algo se queremos chegar a algum lado ou a alguém, onde nós iremos confiar com a inocência de um cego e como agradecimento seremos atacados pelas costas como idiotas. Isto faz-nos, a mim pelo menos, pensar sobre o INTERESSE que toda a vez alguém se ri para mim, por isso diz-me – será isto ter sorte? Eu preferia perder algum auto-questionamento, alguma inteligência, alguma experiência de vida talvez e ser um estúpido por algum tempo ou para sempre… Apenas para ter o dom de acreditar sem questionar ou ter provas, apenas para ter alguma felicidade por entre este “dom da inteligência”.

Por isso, olha bem para mim e diz-me quais são os teus objectivos e razões, porquê estás tu a observar-me a rir para mim, porquê esse olhar, P-O-R-Q-U-Ê?

Esta é uma das razões que por vezes eu penso sobre actuar antes de pensar sobre o acto, mas eu sei que não posso, algo de errado iria acontecer, neste “espectáculo” muito público irá aplaudir ou condenar – a todo o segundo, a todo o minuto, a toda a hora, em todo o lado.

Bem, parece que afinal o tema acabou por surgir e parece que eu não precisei de uma razão para este acto, parece que esta é uma forma de alcançar alguma felicidade.


“Impossível! Este texto foi premeditado e ele pensou sobre cada palavra!” – Não te culpes… tu pertences a “nós”.



(*1): o blog era escrito mensalmente.

1 comentário:

  1. Nossa.. Lindas palavras, e forte também. Objetivas e claras. PORQUE? rsrsr.. Parabéns.

    Gil Salomão

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