Para que falemos em opressão, e para que fique desde já esclarecido: sim falo na opressão do povo em sistemas não liberais, temos primeiro que perceber o nosso passado. Aliás como tudo o que é actual merece o seu estudo e não um total desprezo e desvalorização feitas no acto único da intuição de um individuo isolado. Para que, também, possamos não só falar, mas falar com mais veracidade. Percebamos nós o que estamos a falar hoje, que tanto tem de hoje como mais poderá ter de ontem.
Postos estes termos falo-vos então da sociedade e sistemas emergentes como que numa total desordem por mero acaso. Um sistema social por mais bem ou pior estruturado que ele seja tem sempre um líder. Ande por onde andar, até que chegue por fim nessa sua busca à total exclusão do homem como ser consciente e racional. Líder esse que se impõe não por ser ordinário, vulgar com nada que outros demais não possuam. Não, que esse líder se existe foi certamente puxado pela alavanca de um verdadeiro líder. Faça-se saber que o povo não está para infantilidades. Poderá ser por ter mais porte e força, outrem por sábia razão. O que realmente prevalece independente de como se consegue é a fé do povo nele, e só nele. Repare que tanto gosto eu de dar ênfase ao povo, povo esse que vai criar naturalmente impulsos no seu líder aos quais tem e terá todo o orgulho em responder. Família, protecção, bem-estar, cuidado, harmonia, equilíbrio, alimento, abrigo são tudo palav
ras de ordem e direcção. O líder uma vez eleito por outros ou por ele próprio, não interessará para o caso, saberá ouvir selvagemmente aos seus instintos.
Ainda hoje, repare, quando um líder se apresenta a si, ou a mim, ele proclamasse como o bem da pátria e do seu povo. E repare como eu dou ênfase ao povo. Mas não um povo qualquer, é o seu povo. Seja por falta de conhecimento, sabedoria, experiência. Seja por não conhecer outros do seu sangue que não a sua tribo e ver então uma possível ameaça. Seja por não haver que chegue para todos aqui e agora que se adivinharam mais uns milhares depois da encosta. Que não seja é o mal do seu povo, essa é a sua única razão de existência.
Será bom? Será mau? Será natural? Será impossível de tomar outra direcção já que esta é a sua única e verdadeira?
Como resultado hoje existe um tremendo desequilíbrio no mundo.
Contudo se há coisa que esta vida não tem falta é de imperfeição. O que aconteceria se surgisse algo tão poderoso que lhe desse mais do que o sonho de ousar contra todo um povo de um líder outro que não o seu? Líder outro que tanto se gaba e se deixa gabar e aclamar pela sua impiedosa opressão. Que nem a necessidade mais básica inerente à vida humana ele deixa usar como uma ferramenta do dia-a-dia, a liberdade de expressão. Será que esta força conseguiria abalar os pilares tão afundados nas antigas terras deste povo? Poderá haver força tão forte e capaz de governar mais que o líder de um povo que não é o seu?

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