quarta-feira, janeiro 27, 2010

Faithless - Bombs

Banido da MTV.

Para quem não conhece o que é a "MTV" por um motivo ou por outro, vos tenho a dizer que não é nada mais que a doutrina dos nossos tempos. Desculpem-me irmãos, mas eu não vou à missa.


Nada mais para acrescentar.

sexta-feira, janeiro 22, 2010

Escutem o mundo.



Covardia de Plantão

puta que pariu
quase ninguém me viu
dando mole pra agressão
agora eu tô quebrado
quase todo arrebentado
deitado aqui no chão

quatro filhos da puta
com toda força bruta
me zoaram pra valer
tomei chute na cara
paulada na cabeça
mesmo sem saber por que

refrão
me ajuda aqui!
me ajuda aqui!
me leva pro hospital
que eu não paro de sangrar

sempre foi uma bosta
te pegaram pelas costas
covardia de plantão
skin, punk, torcida
ou coisa parecida
a lei é enfiar a mão

perdi o dente da frente
meu sangue ainda tá quente
quase não sinto dor
acho que fui esfaqueado
procura esse buraco
liga logo pro doutor

ódio por nada
apenas por odiar
brigas por nada
apenas por brigar
vingança por nada
apenas por vingar
mortes por nada
apenas o nada!!!

terça-feira, janeiro 19, 2010

A fórmula do governar

Não pense que só os físicos são capazes de alcançar fórmulas matemáticas para normalizar toda a sua realidade. Também governadores o conseguem.

 E = mc^2\,


G = pe2

  • G = governar
  • p = pão
  • e = espetáculo

Mas poderá uma fórmula física ou outra conter uma verdade absoluta? Será possível abranger tão vasta realidade em tão pequenas fórmulas?

Poderão elas resistir ao tempo?

Quanto a Einstein não tenho a certeza nem se viverei o suficiente para a poder ter, mas quanto a César eu afirmo que a evolução obrigou a corrigir as fragilidades da sua fórmula.

G = pe2 / of

  • G = governar
  • p = pão
  • e = espetáculo
  • of = ocultação de factos


"Why don't you ask the kids at Tiananmen Square?

Was Fashion the reason why they were there?
They disguise it, Hypnotize it
Television made you buy it"


Sabia que se você nascesse por volta de 1989 na China não saberia hoje o que se passou em Tiananmen Square? Os pais têm medo de contar aos filhos para que estes se mantenham calmos e possam sobreviver às circunstâncias do seu país.

domingo, janeiro 17, 2010

Assim falava Zaratustra

"Queriam fugir da sua miséria, e as estrelas pareciam-lhes demasiado longínquas. Então suspiraram: «Oh!, se houvesse caminhos celestes para alcançar outra existência e outra felicidade!» - Foi então que inventaram os seus artifícios e as suas sangrentas beberagens.
E julgaram-se então libertos do corpo e da terra, os ingratos! Mas a quem deviam o espasmo e a voluptuosidade do seu êxtase? Ao seu corpo e a esta terra."

Retirado de: NIETZSCHE, Frederico. Assim falava Zaratustra. 14º ed., Lisboa: Guimarães Editores, p. 48.

sexta-feira, janeiro 15, 2010

The Reader

Há muito tempo que andava para ver este filme.

Fiquei com vontade de o ver assim que ouvi o título, antes mesmo de ver qualquer imagem.

Ontem tive a oportunidade de o ver e o que vi foi uma história de amor. Mas não daquele amor que normalmente preenche os filmes. O amor que ali vi é o amor que se esconde nos corações, o amor que nos mostra o céu, que nos controla, nos molda, nos limita e que no final parte deixando a saudade e um novo ser no nosso lugar.
Um novo ser que vive a dor de ter tocado a felicidade e dela ter sido separado, um novo ser que perdeu a inocência perante a realidade. Esse ser traz consigo a marca do amor, tatuagem que tempo algum apagará. Foi esse amor que eu vi no filme. Vi o meu amor no filme.


The Reader - Trailer HD - ShoxXx - Click here for another funny movie.

quinta-feira, janeiro 14, 2010

The Cranberries - Zombie


"Another mother's breakin'
Heart is taking over
When the violence 'causes silence
We must be mistaken"

A gota de fé na tempestade de opressão

Para que falemos em opressão, e para que fique desde já esclarecido: sim falo na opressão do povo em sistemas não liberais, temos primeiro que perceber o nosso passado. Aliás como tudo o que é actual merece o seu estudo e não um total desprezo e desvalorização feitas no acto único da intuição de um individuo isolado. Para que, também, possamos não só falar, mas falar com mais veracidade. Percebamos nós o que estamos a falar hoje, que tanto tem de hoje como mais poderá ter de ontem.

Postos estes termos falo-vos então da sociedade e sistemas emergentes como que numa total desordem por mero acaso. Um sistema social por mais bem ou pior estruturado que ele seja tem sempre um líder. Ande por onde andar, até que chegue por fim nessa sua busca à total exclusão do homem como ser consciente e racional. Líder esse que se impõe não por ser ordinário, vulgar com nada que outros demais não possuam. Não, que esse líder se existe foi certamente puxado pela alavanca de um verdadeiro líder. Faça-se saber que o povo não está para infantilidades. Poderá ser por ter mais porte e força, outrem por sábia razão. O que realmente prevalece independente de como se consegue é a fé do povo nele, e só nele. Repare que tanto gosto eu de dar ênfase ao povo, povo esse que vai criar naturalmente impulsos no seu líder aos quais tem e terá todo o orgulho em responder. Família, protecção, bem-estar, cuidado, harmonia, equilíbrio, alimento, abrigo são tudo palav
ras de ordem e direcção. O líder uma vez eleito por outros ou por ele próprio, não interessará para o caso, saberá ouvir selvagemmente aos seus instintos.

Ainda hoje, repare, quando um líder se apresenta a si, ou a mim, ele proclamasse como o bem da pátria e do seu povo. E repare como eu dou ênfase ao povo. Mas não um povo qualquer, é o seu povo. Seja por falta de conhecimento, sabedoria, experiência. Seja por não conhecer outros do seu sangue que não a sua tribo e ver então uma possível ameaça. Seja por não haver que chegue para todos aqui e agora que se adivinharam mais uns milhares depois da encosta. Que não seja é o mal do seu povo, essa é a sua única razão de existência.

Será bom? Será mau? Será natural? Será impossível de tomar outra direcção já que esta é a sua única e verdadeira?

Como resultado hoje existe um tremendo desequilíbrio no mundo.

Contudo se há coisa que esta vida não tem falta é de imperfeição. O que aconteceria se surgisse algo tão poderoso que lhe desse mais do que o sonho de ousar contra todo um povo de um líder outro que não o seu? Líder outro que tanto se gaba e se deixa gabar e aclamar pela sua impiedosa opressão. Que nem a necessidade mais básica inerente à vida humana ele deixa usar como uma ferramenta do dia-a-dia, a liberdade de expressão. Será que esta força conseguiria abalar os pilares tão afundados nas antigas terras deste povo? Poderá haver força tão forte e capaz de governar mais que o líder de um povo que não é o seu?

domingo, janeiro 10, 2010

O instinto inerente à criação

O porquê de estarmos aqui, hoje, pode ser bastante complexo, admito-o eu aqui perante você. Mas ouso ter certeza numa coisa: foi o instinto mais primário que este mundo já alguma vez viu nascer em qualquer espécie que “tenha cu”, ou até mesmo sem ele. Por mais falta de conhecimento e ligações que se tenham neste mundo, por mais que o intelecto careça de destreza e intuito, talvez, por mais insignificante que possa ser uma ou outra existência uma coisa é certa: tudo o que mexe teme a morte. O mecanismo mais primitivo talvez até impossível de compreender, não concordará?

Poderá ou não concordar com esse ponto, mas quanto a este eu lhe digo que não poderá discordar: de primitivo ele não tem nada, de eterno talvez, quem sabe de bastante actual. E digo-lhe até que se em tempos resultou maravilhosamente bem, trazendo-nos nós aqui, hoje, continua a resultar extremamente bem entre nós, hoje. Dizem que tudo o tempo faz amadurecer, tudo nasce, tudo vive, tudo morre. Dizem até que mesmo que a vontade não o quisesse, a natureza do que envolve tudo o que nos rodeia obrigaria a evolução a acontecer, seleccionando-se do todo uma fracção elitista do mais forte, naturalmente.

Concordará comigo, com eles que o dizem? Pois bem, poderá aceitar você tais factos provados das nossas ciências, mas nunca seria eu capaz de aceitar que o instinto que nos trouxe a nós e a tantas outras formas de existência aqui, hoje, tenha evoluído. Nem um pouco, lho digo.

É a culpa das nossas ciências que possibilitam o sonho humano da imortalidade, que se dizem capazes de assumir o total controlo da existência. Que dizem que conseguirão controlar o envelhecimento, pois percebem agora o que o causa. Que dizem que conseguirão controlar uma tão desejada poção de rejuvenescimento através de células regeneradoras.

Este sonho que não é sonho, porque todo o sonho é sonhado de livre vontade. Porque todo o sonho é um desejo, uma ambição pessoal que nasce dentro da nossa razão. Pois este sonho que de nada racional tem eu lhe chamo uma fraqueza humana. Um subestimar do poder da natureza que nos envolve e de que somos feitos.

Uma total ignorância e carência do perceber da vida. Do respeitar dos ciclos. Do saber onde pertencemos e para o que o sistema de nós carece e precisa. Com certeza lho digo que o que a natureza precisa não são de seres humanos com um egoísmo insaciável que só escasseará com a sua eventual extinção.

Pare de se questionar sobre o que precisa e comece a questionar o que pode abdicar. Assuma-se tão pequeno nesta realidade como realmente o é. Não pense que é Deus de si e que só de se mestrar a si precisa, é Deus de muito mais, é Deus de tudo o que o rodeia, tudo lhe pertence. Porque se não for seu é de quem? Já pensou bem? No máximo de um outro igual a si, um outro racional seu irmão. E depois de perceber a vida, submeta-se a ela com respeito.

Tema a morte! Desenvolvam-se mais vacinas! Consiga-se a imortalidade! E depois de satisfazer todo o seu ego olhe então para o que o rodeia. Aviso-o aqui, hoje, que poderá não restar muito.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Outro post...

Bem… Chega hoje outro “post” e, como venho a defender, apenas outro dia igual a tantos outros semelhantes a este, onde as pessoas querem e forçam a oferecer-se algo especial. Porquê? Não é essa a questão, penso eu, aliás eu defenderia “porque não?” como a questão possível.

Este “post”… Este “post”… Não pensei sobre ele durante todo este mês (*1), talvez a minha vida esteja a entrar na perfeição onde os sonhos envolvem a realidade dramática, onde eu não quero ver nada de errado nesta mesma realidade. Ou talvez eu estivesse muito ocupado, muito cansado, muito desapontado ao longo de todo o mês sem tempo para perder com este blog. Quem sabe? Eu não, isso é certo.

Tudo isto para tentar dizer que hoje eu não tenho uma razão. Um objectivo. Algo por detrás do “acto” que me faz “actuar”. Toda a gente o tem quando “actua”. “Actuar” é vida e a vida é um “acto”. Entre nós que com a melhor das sortes ou, quem sabe, o pior dos azares, podemos produzir inteligência “superior”, penso que a maioria iria dizer que é um dom, mas nesta vida de acto eu diria que é o pior dos azares onde temos de fingir algo se queremos chegar a algum lado ou a alguém, onde nós iremos confiar com a inocência de um cego e como agradecimento seremos atacados pelas costas como idiotas. Isto faz-nos, a mim pelo menos, pensar sobre o INTERESSE que toda a vez alguém se ri para mim, por isso diz-me – será isto ter sorte? Eu preferia perder algum auto-questionamento, alguma inteligência, alguma experiência de vida talvez e ser um estúpido por algum tempo ou para sempre… Apenas para ter o dom de acreditar sem questionar ou ter provas, apenas para ter alguma felicidade por entre este “dom da inteligência”.

Por isso, olha bem para mim e diz-me quais são os teus objectivos e razões, porquê estás tu a observar-me a rir para mim, porquê esse olhar, P-O-R-Q-U-Ê?

Esta é uma das razões que por vezes eu penso sobre actuar antes de pensar sobre o acto, mas eu sei que não posso, algo de errado iria acontecer, neste “espectáculo” muito público irá aplaudir ou condenar – a todo o segundo, a todo o minuto, a toda a hora, em todo o lado.

Bem, parece que afinal o tema acabou por surgir e parece que eu não precisei de uma razão para este acto, parece que esta é uma forma de alcançar alguma felicidade.


“Impossível! Este texto foi premeditado e ele pensou sobre cada palavra!” – Não te culpes… tu pertences a “nós”.



(*1): o blog era escrito mensalmente.

Vincent (Tim Burton, 1980)